['Go Beyond']
Ir além do que é esperado ou exigido; Ser mais do que ou não limitado a algo
O programa Go Beyond espelha uma relação de valorização e respeito pelos recursos naturais do planeta, pela comunidade local e pela herança e património cultural.
Com plena consciência dos diferentes efeitos associados à atividade hoteleira e ao turismo, o NINE DOTS assume a vontade e o compromisso de adotar medidas e ações concretas que tenham um impacto positivo em termos ambientais, sociais e culturais.
Durante a fase de obra houve empenho no recurso a mão-de-obra local, recorrendo a quem melhor sabia da arte de construir. Procuraram-se elementos decorativos primeiro nas ilhas, depois em Portugal Continental e só pontualmente fora de Portugal.
Mãos Que Criam é um espaço de ocupação produtiva, inserido no Instituto S. João de Deus - Casa de Saúde de São Miguel, destinado a pessoas com patologia mental e/ou problemas ligados a comportamentos aditivos.
Através da expressão artística, criatividade e sistematização da produção, este programa promove a manutenção e desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais.
O principal objetivo consiste em realizar um trabalho de manutenção e aquisição de competências com os utentes que ainda não as demonstram, contribuindo para a sua reintegração na comunidade.
Quando falamos de sustentabilidade, falamos também de responsabilidade social e de gerar um impacto positivo na sociedade. É nesse âmbito que nasce a colaboração entre o NINE DOTS e o projeto Mãos Que Criam.
Cada peça de cerâmica do ETC. Osteria Bar é produzida à mão pelos utentes e colaboradores da Mãos Que Criam, transformando argila em peças singulares.
O processo de criação está dividido em várias fases e tarefas, de modo a que todos os utentes do projeto sejam incluídos, de acordo com as suas competências, habilidades e motivação.
Desta forma, desde a impressão do carimbo, até à colocação do vidrado cerâmico, todo o trabalho é valorizado, reconhecido e contribui para uma peça final, única e com significado.
De caráter simples e elegante, as cadeiras do ETC. Osteria Bar fazem parte de uma linha tradicional de mobiliário micaelense, as conhecidas "Cadeiras das Furnas", contribuindo para a preservação da identidade cultural açoriana.
É na Povoação, no paradisíaco Vale das Furnas, que encontramos o artesão que as cria - António José Carreiro, conhecido como Mestre Paivinha. Artesão toda a vida, pertence à terceira linha geracional de uma família de artesãos e passa agora o conhecimento do seu ofício e técnicas mais tradicionais ao seu filho Paulo.
Nas mãos do Mestre Paivinha, que carregam uma das heranças do artesanato tradicional, a madeira de acácia, uma das espécies presentes na paisagem florestal dos Açores, é trabalhada desde o seu estado mais cru, até à transformação em cadeiras de beleza ímpar.
No ETC. Bar encontra nove mesas executadas por este artesão micaelense autodidata, desenhadas especialmente para este espaço e compostas por bases de lajetas de pedra de basalto reaproveitadas do edifício original, com tampos em madeira de acácia regional.
Para além de produzir itens em basalto, ignimbrito e outras rochas da região, Luís Caetano trabalha em exclusivo com madeiras presentes na floresta açoriana, tais como a Criptoméria (Cryptomeria japonica), a Acácia (Acacia melanoxylon) e o Pinho Regional (Pinus pinaster).
No Wellness Center do NINE DOTS, as mesas de apoio provêm de um único tronco de Criptoméria que deu à costa e foi trabalhado com a técnica japonesa "Sugi Ban", que, ao flamejar a madeira, permite melhorar a sua durabilidade e resistência.
As peças deste artista são produzidas exclusivamente à mão no seu atelier, em Ponta Delgada, não havendo duas iguais.
A Oficina 26 foi criada pelo mestre José Luís Silva, que dedicou toda a sua vida à paixão pela marcenaria e carpintaria, tendo colaborado com grandes entidades de
construção civil.
O seu filho Bruno juntou-se ao pai em 2020, trazendo jovialidade, energia e um desejo pulsante de inovação.
Um pouco por todo o Hotel, encontram-se peças que ganharam vida pelas mãos desta dupla, utilizando madeiras como o Carvalho, a Kambala e a Criptoméria.
O ETC. Osteria Bar é um testemunho da mestria do seu trabalho, na produção das mesas de madeira e da elegante banqueta.
Do mesmo modo, o Reading Corner revela o cuidado minucioso e a extrema dedicação da Oficina 26. Um local onde a madeira é a expressão de um legado unido pelo saber intrínseco e uma visão contemporânea.
A Fábrica de Cerâmica Vieira é uma das mais antigas fábricas de cerâmica dos Açores. A sua origem remonta ao século XIX, mantendo-se na mesma família desde então. O atual proprietário, António José Vieira, pertence à quarta geração da família, e conta com a colaboração das suas três filhas.
Com desenhos muito caraterísticos, em que predomina a cor azul, a conhecida "Louça da Lagoa" é produzida através de processos artesanais, desde a modelagem, à pintura e à cozedura no forno.
Aqui, neste "ex-libris" do concelho da Lagoa, foi produzido o painel de azulejo do ETC. Osteria Bar, desenhado pela equipa de arquitetura do NINE DOTS. Uma obra contemporânea, concebida para este espaço e produzida manualmente pelos artesãos da Cerâmica Vieira, que honra e transpõe para os dias de hoje a história e tradições que perduram desde os primórdios da fábrica.
O conjunto de aproximadamente 80 obras de arte que integra o acervo base do hotel foi primorosamente tratado e emoldurado por Ângelo Valério, artesão local com vasta experiência que colabora há vários anos com diferentes galerias e museus açorianos.
Além das molduras das obras de arte, as suas criações estenderam-se a algumas peças de mobiliário e às caixas que emolduram as televisões nos quartos.
A MUSA AZORES visa potenciar o uso sustentável e socialmente inclusivo de um importante recurso que existe em abundância nos Açores - a bananeira, espécie Musa - através da criação de peças artesanais e promoção de experiências em torno da mesma.
Segundo dados estatísticos do SREA - Serviço Regional de Estatística dos Açores (2019)1, em 2018 os Açores produziram cerca de 5053 toneladas de banana, o que representa 22% da produção de banana nacional.
Cada tonelada de banana gera cerca de 4 toneladas de desperdício, uma vez que as bananeiras não permitem uma segunda colheita, tornando-se assim resíduo de biomassa.
A necessidade de promover uma maior sustentabilidade do uso deste recurso foi-se tornando uma preocupação crescente dos promotores do projeto MUSA AZORES, António Braga e Vanessa Melo.
À procura pela sustentabilidade, juntou-se ainda o desejo e a oportunidade de promover as tradições e culturas locais, muitas vezes envolvendo comunidades locais vulneráveis na conversão deste resíduo em peças artesanais ou manufaturadas, com vista à sua inclusão social e desenvolvimento socioeconómico.
Explorando diversas técnicas de transformação, as fibras secas do caule e das folhas da bananeira são entrelaçadas para conceber diferentes peças decorativas e utilitárias.
Uma destas extraordinárias criações está presente no seu quarto – a pequena cesta de fruta que nasce da utilização do que antes era desperdício para lhe dar uma nova vida, representando uma relação saudável, simples e respeitosa com a natureza.
1 Serviço Regional de Estatística dos Açores. Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública (SRFPAP). Os Açores em Números. Angra do Heroísmo, 2019.
Zouri é uma marca portuguesa de calçado eco-vegan que utiliza resíduos plásticos da costa portuguesa aliado a materiais ecológicos e sustentáveis.
Cada par de sapatos reutiliza o equivalente a 8 garrafas de plástico do Oceano, sendo que 80% do lixo plástico recolhido provém de atividade piscatória.
Com mais de 600 voluntários de instituições locais, organizações não governamentais e escolas, a Zouri já removeu mais de uma tonelada de plástico das praias portuguesas, dando-lhe um novo propósito.
No NINE DOTS, calçamos os valores em que acreditamos. Os nossos colaboradores utilizam calçado Zouri, produzido à mão, de forma justa e ética, em Portugal.
Realizamos ainda pontualmente ações de limpeza das praias de São Miguel, reencaminhando o plástico aqui encontrado para a Zouri, para ser reutilizado.
Todos os dias, a cada passo, honramos a nobre missão de proteger os oceanos.
Nos veículos com motores a combustão, para além do conhecido dióxido de carbono (CO2), são emitidos diversos poluentes atmosféricos, nomeadamente monóxido de carbono, dióxido de enxofre, entre outros, que danificam a camada do ozono e contribuem para o aquecimento global.
Honrando o compromisso e responsabilidade com a neutralidade de carbono, o NINE DOTS possui o seu próprio veículo 100% elétrico, uma alternativa responsável, sem poluição e sem ruído.
De acordo com o relatório "Plásticos, economia circular e ambiente na Europa – uma prioridade para a ação", elaborado pela Agência Europeia do Ambiente 2, as emissões de gases com efeitos de estufa associadas à produção de plástico na UE são responsáveis por 13,4 toneladas de CO2, ou cerca de 20% das emissões da indústria química a nível da UE.
Adicionalmente, a maioria dos plásticos, muitas vezes utilizados de forma descartável, tem vindo a acumular-se, seja em aterros, seja nos nossos oceanos.
O NINE DOTS assume o compromisso de reduzir ao máximo a utilização de produtos de plástico descartável e de contribuir para a sua reciclagem, sempre que possível. Contamos com os nossos hóspedes para nos ajudar nessa missão.
2 Agência Europeia pelo Ambiente. Plásticos, economia circular e ambiente na Europa – uma prioridade para a ação. Relatório No 18/2020. Luxemburgo: Serviço de Publicações da União Europeia, 2021.
No ETC. Osteria Bar procuramos utilizar maioritariamente produtos locais, beneficiando da riqueza agrícola existente na ilha e, em simultâneo, oferecendo alimentos frescos, autênticos e com qualidade.
Conseguimos, desta forma, não só contribuir para a economia local, como também reduzir a pegada ambiental associada ao transporte de alimentos provenientes de diferentes regiões.